At one point during my early teenage years, I told my mom that I felt uncomfortable because I looked weird and nerdy. Deep inside I wanted to say that I was uncomfortable because I did not want my hair to be curly, I did not like some people calling me exotic or different, I was angry at people making fun of my mom’s accent, and ultimately making fun of my ancestry, and I did not understand why I was attracted to boys as much as I was attracted to girls. My mom hugged me and said, “you should never feel uncomfortable or ashamed of who you are, regardless of what people say. People talk and they might hurt you. However, you decide if their words are meaningful or not to you. You are beautiful, kind, loved, and you are my daughter, and I hope my words mean something to you”.

Obviously, it took me a long time to fully comprehend my mom’s words. However, that conversation was fundamental to the supposedly weird and nerdy teenager to become an adult who is comfortable being weird and nerdy. Moreover, a person who is beyond weird and nerdy. I am a mixed-race queer woman, I am Brazilian with roots in my country’s Northeast, honored to be part of its nature and its people, and I am an immigrant. I am a physician-scientist, a high-risk obstetrician and gynecologic oncologist, an activist for reproductive justice, and mental health advocate. I am a dog mom, wife, oldest sibling, daughter, friend, who loves Mad Max & Tina Turner & Furiosa, Alien & Ellen Ripley, and rock n’ roll, and the beach.

As an Ob/Gyn, I have provided care for diverse and medically underserved communities. As a translational scientist, I investigate new approaches to treat cancer and mitigate resistance to currently available cancer therapeutics. Furthermore, I apply an intersectional approach to my research to address differences in cancer treatment responses in historically marginalized and underserved groups. 

New Science welcomes and embraces our full selves. It is a journey to bring people in and create as many seats at the table as necessary to produce inclusive knowledge. By avoiding our own compartmentalization, we allow ourselves to see and respect others entirely. We become invested in representation and inclusion in our field, hence our fellow scientists and those influenced by our work can thrive.


Em algum momento no início da minha adolescência, eu disse para a minha mãe que eu me sentia desconfortável por parecer estranha e nerd. No fundo eu queria dizer que o motivo do meu desconforto era porque eu não gostava do meu cabelo enrolado, eu não gostava que algumas pessoas me chamavam de exótica ou diferente, eu me chateava quando caçoavam do sotaque da minha mãe e das minhas origens, e eu não entendia porque eu gostava de meninos tanto quanto eu gostava de meninas. Minha mãe me abraçou e disse, “você nunca deve se sentir desconfortável ou envergonhada de quem você é, independente dos outros. As pessoas falam coisas que podem te machucar. Contudo, você decide o grau de importância dessas palavras. Você é uma pessoa bonita, gentil, amada e você é minha filha, e eu espero que as minhas palavras sejam importantes para você”.

Obviamente, vários anos se passaram até que eu pudesse realmente compreender o significado das palavras da minha mãe. Contudo, aquela conversa foi crucial para que a adolescente que era supostamente estranha e nerd se tornasse uma adulta que não tem problema nenhum em ser estranha e nerd. Uma pessoa que é muito mais do que estranha e nerd. Eu sou uma mulher miscigenada e queer, eu sou brasileira com raízes nordestinas, honrada por fazer parte da natureza e do povo brasileiro, e eu sou imigrante. Eu sou médica-cientista, obstetra de alto risco e ginecologista oncológica, ativista de justiça reprodutiva, e entusiasta de saúde psicológica. Eu sou mãe de cachorro, esposa, irmã mais velha, filha, amiga, uma pessoa que adora Mad Max & Tina Turner & Furiosa, Alien & Ellen Ripley, e rock n’ roll e praia. 

Como ginecologista e obstetra, eu trabalhei com populações diversas do ponto de vista socioeconômico-cultural e de acesso à saúde. Como cientista translacional, eu pesquiso novas abordagens para o tratamento de câncer e estratégias para minimizar resistência aos tratamentos atualmente disponíveis para câncer. Além disso, eu aplico uma perspectiva interseccional à minha pesquisa, com o intuito de reduzir as diferenças de resposta ao tratamento de câncer observadas nas populações historicamente marginalizadas e com acesso restrito à saúde.

O projeto Nova Ciência dá boas-vindas aos cientistas que se orgulham de todas as suas identidades. É uma jornada de inclusão para produzir conhecimento abrangente. Quando evitamos a nossa própria compartimentalização, nos permitimos ver e respeitar os outros inteiramente. Consequentemente, nos tornamos dedicados em aumentar representação e inclusão na nossa área de atuação, para que os nossos colegas e as pessoas influenciadas pelo nosso trabalho possam prosperar.

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